A“fintechzação”, como é chamada a integração de elementos de tecnologia financeira — a fintech — em empresas que originalmente não são focadas em serviços financeiros, é uma tendência mundial. Uma análise realizada pelo Boston Consulting Group e pela QED Investors projetou a expansão da receita de fintechs para US$ 1,5 trilhão até 2030. O número afirma que o setor crescerá até seis vezes durante esse período. Na América Latina, liderada por Brasil e México, a taxa prevista de crescimento anual é estimada em 29%.
Outra pesquisa realizada este ano pela empresa Akamai Technologies com clientes de bancos públicos revelou que 70% das pessoas possuem conta em bancos tradicionais e em bancos digitais. Há três anos, em 2020, essa porcentagem era de apenas 37%.
Há muitas vantagens em considerar a entrada na onda da “fintechzação”. Em teoria, qualquer empresa pode incorporar elementos de fintech em suas operações, independentemente de sua atividade principal. Empresas de varejo, por exemplo, podem adotar soluções de pagamento eletrônico ou criar aplicativos de contas digitais para facilitar transações financeiras, oferecer contas digitais e fomentar suas vendas oferecendo empréstimos aos seus clientes e fornecedores. Podem, ainda, oferecer cartões de crédito e serviços como o pagamento de contas.
Expandir essa atuação permite ampliar a base de clientes para diferentes perfis, incluindo aqueles que não estão diretamente ligados ao negócio principal da empresa. A prática também pode ajudar a fortalecer o relacionamento com o público atual, oferecendo-lhe serviços financeiros integrados ou soluções personalizadas que atendam às suas necessidades.
Esse movimento, além de criar novas fontes de receita, atende e fomenta o crescimento de toda a cadeia por meio de produtos que envolvem clientes, distribuidores e fornecedores. Dessa forma, a empresa fideliza os stakeholders, auxiliando no desenvolvimento desses players e, consequentemente, gerando benefícios à economia de uma forma geral.
Como implementar uma operação “fintechzada”
A implantação de operações de “fintechzação” é simples, mas requere suporte de consultoria especializada por diversos motivos. A primeira razão é conseguir parcerias estratégicas com instituições financeiras estabelecidas, provedores de serviços de pagamento, processadores de transações e outras entidades do setor. Elas podem fornecer acesso a redes de pagamento, infraestrutura bancária, serviços de custódia e outras capacidades essenciais.
Além disso, é fundamental estar em conformidade regulatória. A empresa que quer ter serviços de fintech não precisa ter as licenças, mas precisa escolher os parceiros com sabedoria para aquilo que ela deseja fazer. O apoio é indispensável para identificar e negociar essas parcerias de forma mais eficaz.
Outro motivo é o conhecimento técnico.
Por último, há a questão do suporte ao cliente, que precisa ser eficiente e confiável. Isso pode envolver canais de atendimento ao consumidor, suporte técnico, educação financeira e resolução de problemas. É necessário estabelecer processos e sistemas para garantir uma experiência positiva ao cliente e lidar com quaisquer problemas ou reclamações que possam surgir.
Consultorias especializadas podem ajudar desde a estruturação e o planejamento até a implantação da solução, entregando para a empresa a atividade pronta para execução. Apesar dos cuidados para que a “fintechzação” aconteça da melhor forma e gere os retornos esperados, é recomendável considerar seguir a tendência com o devido apoio, que não vai parar de crescer exponencialmente nos próximos anos.
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